Projetos

Oficinas no Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros

Coordenadora: Nathalia Gaspar

De 01/09/2016 a 03/08/2017 (finalizado)

No Hospital Psiquiátrico Penal Roberto Medeiros, criamos um grupo de reflexão, tendo como proposta reunir e compartilhar pensamentos, sentimentos e experiências, com o intuito de proporcionar acolhimento, suporte psicológico, refletindo e proporcionando uma rede de apoio entre as internas. E ainda, trabalhar autoestima e a interação entre os pares. O nosso foco é dar espaço para as individualidades, levando em conta o sujeito que sofre e não a doença em si, tampouco o delito cometido. Torna-se, dessa maneira, importante trabalhar tanto o falar quanto o ouvir, aumentando o contato consigo mesmo e a empatia com o outro, proporcionando tanto a possibilidade de se escutar, quanto a de aprender com os relatos do grupo. Ao compartilhar os conteúdos que causam sofrimento tem-se como objetivo ampliar a possibilidade de lidar melhor consigo mesma, tanto pelo entendimento dos conteúdos vividos, como pelo alívio experimentado ao dividir tais elementos com o grupo. 

Mulheres que cuidam uma das outras – Outubro Rosa (Presídio Nelson Hungria)

Coordenadora: Sharllene Silva

De 19 a 30/10/2017 (finalizado)

A Associação Elas Existem- Mulheres Encarceradas elaborou uma semana de atividades no Presídio Nelson Hungria no mês de outubro, no bojo da mobilização nacional do Outubro Rosa, com o apoio da enfermeira Rosana Corrêa, diretora de Programas e Projetos Especiais da Coordenação de Saúde da SEAP. Nosso objetivo foi trabalhar com as mulheres encarceradas temas como o acesso à saúde e seus direitos, criando intervenções e mecanismos para que elas ‘cuidem de si e cuidem uma das outras’, apesar do contexto de encarceramento. Abordamos temas relacionados a autocuidado, autoestima, expressão e consciência corporal, redução de danos, sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis, saúde como direito e câncer de mama e colo de útero, por meio de dinâmicas para sensibilizar as mulheres de modo que se tornem agentes transformadoras de sua realidade.

Documentos pela Liberdade

Coordenadora: Mariana Paganote

De 19/02/2018 a 30/10/2018 (finalizado)

A Associação Elas Existem-Mulheres Encarceradas celebrou um convênio com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, em que nós buscamos as certidões de nascimento dos filhos de até 12 anos de mulheres presas junto a suas famílias, para instruir o pedido de indulto ou de prisão domiciliar, a partir de listas enviadas pelos defensores indicando as mulheres que preenchem os requisitos. Esse projeto surgiu no contexto da implementação do Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) e do indulto especial concedido às mulheres presas por meio do Decreto Presidencial 14.454/2017. Foram contatadas dezenas de pessoas, e conseguimos obter as certidões de nascimento dos filhos de algumas mulheres que se encontravam privadas de liberdade, que foram devidamente encaminhadas para os defensores públicos. Posteriormente, fomos informadas sobre a expedição de seus respectivos alvarás de soltura. O projeto tornou-se desnecessário, após mudança de entendimento do Tribunal de Justiça, que deixou de exigir a apresentação desses documentos no momento do pedido de indulto ou prisão domiciliar.

Tecendo Caminhos (PACGC)

Coordenadoras passadas: Isa Pimentel, Letícia Torrano

Coordenadora atual: Nahyá Nogueira

Desde 06/05/2018 (em andamento)

Financiado pelo Fundo Frida

A nossa proposta de oficinas direcionadas a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa visa proporcionar a elas/eles os meios para exercitarem o seu processo de criação, contribuindo para fortalecer sua autoestima e lhes oferecendo recursos que podem ser utilizados em sua vida após o encarceramento. Com esse projeto, buscamos fornecer as ferramentas para que as/os jovens se empoderem e resgatem a posição de sujeito em suas vidas. Utilizamos a metodologia de oficinas, que apresenta como vantagem a possibilidade de construção coletiva, com um processo de avaliação conjunta com as próprias(os) envolvidas(os). Ao longo dos anos, foram realizadas as seguintes oficinas: de tranças e turbantes, de crochê, de danças populares, de meditação, de mandalas, de grafite, de corte de cabelo, sobre saúde mental, sobre identidade de gênero e orientação sexual, dentre outras.

Leitura, Existência e Resistência

Coordenadora: Sandra Cruz

Desde 07/03/2019 (em andamento)

Financiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos

O projeto LER é uma parceria entre a Associação Elas Existem- Mulheres Encarceradas e a Faculdade de Letras da UFRJ, e visa ampliar o alcance do projeto de remição da pena pela leitura, já desenvolvido pela Secretaria de Estado de

Administração Penitenciária (SEAP), nas unidades prisionais femininas e unidades em que se encontrem mulheres trans. O LER visa promover atividades de caráter educativo e cultural, por meio da leitura e discussão de livros previamente selecionados, de modo a propiciar o desenvolvimento da capacidade crítica das mulheres presas, contribuindo para fortalecer sua autoestima e facilitando a sua reintegração social, além de possibilitar a remição (redução) de quatro dias da pena para cada livro lido, após avaliação do relatório de leitura ou da resenha crítica a ele correspondente.

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Mulheres, Direitos e Cidadania

Coordenadora: Caroline Bispo

De 05/03/2019 à 20/12/2020 (Finalizado)

Financiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos

O projeto Mulheres, Direitos e Cidadania visa a capacitação e empoderamento de mulheres presas em regime semiaberto e aberto, com o desenvolvimento e implementação de estratégias para a preparação para reinserção social e (re)ingresso no mercado de trabalho, por meio de oficinas desenvolvidas pela nossa equipe interdisciplinar. Com o projeto, pretendemos valorizar a posição de sujeito e autoconhecimento das mulheres privadas de liberdade, promovendo reflexões sobre elementos identitários muitas vezes suprimidos no ambiente carcerário, abordando questões de gênero, raça, classe, sexualidade; bem como permitir a compreensão por parte das mulheres, sobre seus direitos e as formas de reivindicá-los, através da inclusão de temáticas jurídicas nas oficinas, como direitos humanos, direitos sociais, direito de família, direito e processo penal. E ainda, proporcionar melhor qualidade de vida às mulheres, visando sua reinserção social, pelo desenvolvimento de diálogos sobre educação, trabalho e saúde, abordando os diferentes aspectos da vida de forma integrada, voltada para o planejamento de vida e para a utilização de estratégias possíveis voltadas a este objetivo. 

Promovendo Possibilidades

Coordenadora: Caroline Bispo

De 10/09/2019 à 26/01/2020 (finalizado)

Financiado pelo Edital Sementes

Após três anos atuando diretamente com as mulheres privadas de liberdade e com as adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, a Associação Elas Existem-Mulheres Encarceradas entendeu a necessidade de trabalhar para fortalecer mulheres e adolescentes que saem do sistema, a partir de demanda das próprias. Nosso objetivo é atuar diretamente com elas, fornecendo cursos de capacitação profissional com o propósito de geração de renda rápida, além de proporcionar um espaço de escuta acolhedora e construção coletiva de estratégias de enfrentamento aos desafios do retorno à vida extramuros.

Retirando a invisibilidade e promovendo o cuidado

Coordenadora: Sandra Cruz e Sharllene Silva

De: 01/06/2020 à 17/12/2020 (finalizado)

Financiado pelo Apoio a ações emergenciais junto a populações vulneráveis da Fiocruz – Covid-19

Esse projeto visa promover o enfrentamento a epidemia do Covid-19 nos espaços intra e extra-muros do sistema prisional, em especial em relação às adolescentes privadas de liberdade, as egressas do sistema prisional e familiares. Atuamos por meio da propagação de informações sobre o novo coronavírus (Covid-19) através de diversos canais de comunicação e redes sociais; e também disponibilizamos um canal de atendimento online através do nosso Whatsapp, o “Plantão Elas Existem no Covid-19”, com orientação jurídica e de saúde mental. Além disso, realizamos a distribuição de insumos para higiene pessoal no sistema socioeducativo feminino do Rio de Janeiro e de cestas básicas com kit de higiene para familiares e egressas do sistema prisional.

Café de Direito

Coordenadora: Agnes Felippe
Data de inicio: 30/10/2020

Rodas de conversa mensais realizadas na comunidade de Acari, levando temas voltados à conscientização de direitos e atividades de saúde e bem estar.

Café de Acolhimento

Coordenadora: Agnes Felippe
Data de inicio: 30/10/2020

Rodas de conversa mensais realizadas na comunidade de Acari, levando temas voltados à conscientização de direitos e atividades de saúde e bem estar.

Grupo de Leitura Leiam Mulheres Negras

Coordenadora: Sandra Cruz

Data de início do projeto: 09/2019 (em andamento)

O projeto visa o aprimoramento de conhecimentos acerca de autoras negras pelas integrantes da associação, voluntárias e interessadas de forma geral. O grupo iniciou seus trabalhos em setembro de 2019, com encontros quinzenais na sede da Associação, a partir de uma demanda por compartilhamento de conhecimento acerca das questões de gênero e racial, e já contou com a presença de até 26 mulheres em suas rodas de conversa. Durante a quarentena provocada pela pandemia de Covid-19, os encontros tornaram-se virtuais, e passaram a ocorrer semanalmente, contando com a participação de dezenas de pessoas das mais variadas partes do Brasil.

Grupo de Leitura LGBTQI+: a partir do Pajubá

Coordenadora: Daiane Bally e Érica Germano

Data de início do projeto: 26/06/2019 (em andamento)

O Grupo de Leitura LGBTQI+: A partir do Pajubá surge com a proposta de se pensar pessoas LGBTQI+ privadas de liberdade a partir de estudos coletivos sobre identidade, gênero, racialidade e sexualidade. A proposta interseccional do grupo é não só um princípio, mas também a única linha de coerência possível para se pensar o encarceramento em massa da população LGBTQI+ que, em sua maioria, quando encarcerada, também é negra e indígena. Os encontros serão semanais, abertos para todo público e terão, como base, referências LGBTQI+ para tensionar a cisheteronormatividade branca a partir de narrativas de urgência.

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