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Luta Antimanicomial 18 de Maio

Que corpos tem direito à vida?

Antimanicomiais contra as políticas de morte

Esse é o lema do movimento da Luta Antimanicomial 18 de Maio de 2020.

Celebrando 33 anos de luta, vamos as ruas denunciar esse sistema opressor e excludente pelo fim de todas as desigualdades, seja de gênero, raça ou classe e pelo fim de toda forma de opressão.

Trancar não é tratar!

Saúde não se vende. Loucura não se prende!

Trancar não é cuidado, é desumano.

Toda forma de confinamento adoece e precisamos transformar a ideia que se tem sobre o louco e loucura nessa sociedade.

Há um manifesto político desde 1987, evidenciado na Carta de Bauru, sendo considerado um movimento radical, trabalhadores foram às ruas pela primeira vez se manifestar pela extinção dos manicômios e assim, marcando a luta contra a exclusão e a discriminação. 

“Por uma sociedade sem manicômios”, foi a partir deste tema do II Congresso de Saúde Mental no Brasil, que surge Movimento da Luta Antimanicomial, que contava não só com a participação dos usuários da saúde mental e seus familiares, mas contava com outros ativistas de direitos humanos. 

A Luta Antimanicomial é um movimento social, plural, e independente que junto a outras entidades, movimentos e coletivos trás novos espaços de reflexão para a sociedade reivindicando não só o fim dos manicômios e toda forma de encarceramento, mas também toda forma de opressão e desigualdades que o sistema provoca a determinados grupos.

Romper com o modelo manicomial significa muito mais do que o fim dos hospitais psiquiátricos, porque não é só mudar o modelo assistencial de tratamento. A lógica manicomial vai além do campo psiquiátrico, pois faz parte das estruturas sociais. Entender que “louco” e “loucura” tem relação com um conjunto de práticas e princípios voltados para uma moralidade dos bons costumes e que há todo um processo social que tendem a influenciar nesse processo de adoecimento psíquico levando, de fato, à loucura.

Defender uma sociedade sem manicômios, sem apostar no confinamento como cuidado.

É garantia de direitos.

É produzir cuidado em liberdade.

Por: Sharllene Silva

Este post tem 2 comentários

  1. Maria Priscila

    Excelente texto! Parabéns Sharlene.

  2. Cometi um erro fui presa , aqui no Rio de Janeiro… Complexo de Gericinó. Presídio Joaquim Ferreira… fiquei um mês, Mais não desejo pra ninguém… desip? Ruins , mais tratos, surras,gritos, fome,bicho na comida,tudo de ruim eu passei em 29 dias não desejo isso pra ninguém não ressocializa… Cárcere no Brasil é fábrica de bandido. Quase sai pior q entrei.

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